Brasil ocupa 2° lugar no Ranking Global de pessoas afetadas pela Síndrome de Burnout
De acordo com levantamentos realizados por Instituições de Psicologia e Psiquiatria do Brasil e do Exterior, atualmente, a Síndrome de Burnout, conhecida como “Síndrome do Esgotamento Profissional” assola uma grande parcela da população do Brasil e do mundo.
Para quem não sabe, a Síndrome de Burnout é uma doença mental que surge após um indivíduo passar por situações profissionalmente desgastantes que envolvam elevada responsabilidade ou até mesmo o excesso de competitividade.
De acordo com definições da Organização Mundial da Saúde, a OMS, Burnout é um fenômeno ocupacional, a Síndrome de esgotamento físico e mental resulta em quadros de estresse crônico; conforme dados da OMS, desde 2020, o Brasil ocupa o 2° lugar no ranking global de pessoas afetadas pela Síndrome.
Sintomas da Síndrome
A Síndrome de Burnout é diagnosticada através de três sintomas, pré-estabelecidos pela OMS, sendo eles: esgotamento de energia ou exaustão; distanciamento mental do trabalho e sinais de diminuição da produtividade profissional.
Conforme as diretrizes da OMS, esses sintomas se manifestam por meio de fenômenos como o cansaço extremo, angústia, ansiedade, problemas com a regulação do sono, irritabilidade, distanciamento social e a sensação de frustração constante.
Metodologia utilizada para obter os diagnósticos:
A psicóloga norte-americana Christina Maslach liderou um grupo de estudos responsável por desenvolver um método usado para identificar os níveis em que a Síndrome pode afetar uma pessoa, através de um questionário é possível detectar os seguintes graus de Burnout:
- Exaustão Emocional:
Neste grau, o profissional não tem mais capacidade de dar mais de si em um nível psicológico, ou seja, detecta-se que o mesmo vive sem esperança e com baixa autoestima.
- Despersonalização:
Neste segundo grau, o profissional apresenta elementos ligados a uma perda de sensibilidade e incorpora, de maneira permanente, uma atitude negativa sobre o trabalho e as relações.
- Insatisfação Pessoal:
No último grau, o profissional apresenta uma tendência de o mesmo avaliar-se negativamente o tempo todo, ou seja, o profissional se sente infeliz e insatisfeito com o seu trabalho.
Recategorização da Sindrome
Em 2022 a Organização Mundial da Saúde mudou a categorização do Burnout, anteriormente a Síndrome era relacionada com o estilo de vida do paciente, com a nova categorização a Síndrome passou a ser relacionada com o ambiente de trabalho do paciente.
De acordo com a OMS, a mudança de categorização é técnica e simbólica, pois, ao encaixar a Síndrome de Burnout como um fenômeno ocupacional, cria-se margem para que as empresas empregadoras sejam responsáveis pela saúde mental dos seus funcionários.
Tratamento
Em muitos casos a Síndrome pode requerer um acompanhamento profissional, pois, em casos extremos se faz necessária a realização de uma avaliação sobre a necessidade, ou não, do afastamento temporário do paciente da rotina de trabalho, entre outras intervenções possíveis.