Levantamento da Conab aponta que o consumo de carne bovina, em 2022, é o menor em 26 anos
De acordo com um levantamento, publicado na última segunda-feira, 02 de agosto, pela Companhia Nacional de Abastecimento, a Conab, Órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a quantidade de carne bovina consumida por brasileiros em 2022 é a menor desde 1996.
O levantamento aponta que a quantidade de carne bovina consumida pelo mercado interno brasileiro neste ano é o menor em 26 anos; o consumo per capita, ou seja, por pessoa, vem recuando nos últimos anos, neste ano, a queda no consumo representa 20%.
Anteriormente, o consumo em 2019, girava em torno de 30,6kg por pessoa, em 2022 este número caiu para 24,8kg por pessoa, de acordo com a Conab, essa queda de 20% no consumo per capta representa o menor nível de consumo desde o início da série histórica, em 1996.
Mesmo que essa queda no consumo de carne bovina seja impulsionada pelos mais diversos fatores globais, o poder de compra da população brasileira também diminuiu bastante com a alta da inflação, que neste ano atingiu uma elevação de 11,89% no valor dos cortes bovinos.
Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, em um ano, os cortes de carne bovina que apresentaram os maiores aumentos foram a picanha, com uma alta de 9,21%; a alcatra, com alta de 9,20%; o fígado, com 6,59%; o filé mignon, com 5,75% de alta e o patinho, com 4,9%.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo IPEC, essa elevação nos preços significou a interrupção total do consumo de carne bovina; enquanto 72% da população alegou que deixou de comprar “cortes de primeira”, enquanto, 28% deixou de comprar os “cortes de segunda”.
Além desses cortes no consumo, o levantamento aponta que outros tipos de carne também desapareceram da lista de compras; 15% da população não compram a carne suína, de frango ou peixe, enquanto 26% deixaram de comprar carnes processadas como linguiça e salsicha.
Com a inflação como principal motivo para o corte no consumo, apenas 7% dos entrevistados comem bovina de cinco a sete vezes por semana, 38% incluem o produto nas refeições de uma a quatro vezes por semana e 9% das pessoas ouvidas não comem nunca o produto.