O que se sabe até o momento sobre o atentado contra família em SC
O ataque contra uma família a tiros em Tubarão, no Sul catarinense, segue sendo investigado pela Polícia Civil. Inicialmente, um adolescente, de 16 anos, havia sido apontado como possível autor dos disparos, que mataram Graziela Antunes, de 31 anos, e deixaram o seu filho de 2 anos gravemente ferido. O marido da mulher também foi atingido.
Contudo, a participação efetiva do adolescente no ato foi descartada, segundo delegada Jucinês Dilcinéia Ferreira, que atua na Dpcami (Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso). A reviravolta no caso ocorreu após o adolescente prestar depoimento à polícia nessa segunda-feira (15).
“Ele apresentou a sua versão e elementos que o excluem da cena do crime, mas ele não está sendo descartado da investigação. Já sabemos que ele não efetuou os disparos”, informou a delegada.
Em um primeiro momento, o adolescente foi visto como principal suspeito do crime pela Polícia Militar, após o esposo de Graziela, que foi baleado no braço, afirmar que o garoto havia efetuado os disparos.
O homem também relatou à PM que o adolescente mantinha um relacionamento com a sua enteada, de 11 anos. De acordo com a delegada, essa informação inexiste, pois os dois estariam apenas “conversando”.
Agora, uma das hipóteses da investigação é que o ataque à família tenha tenha sido cometido por uma desavença com o padrasto da garota. “O adolescente faccionado teria sido ameaçado de morte por ele. Então, pode ter contado para outras pessoas da comunidade da ameaça, que são de facção criminosa rival”, explicou a delegada.
O padrasto da garota, de 38 anos, possui passagens policiais por ameaça, corrupção de menores, injúria, perturbação do trabalho ou sossego alheio e violência domestica. Já o adolescente não tem registros policiais, conforme a PM.
Provas que descartam participação do adolescente no ato
Segundo a delegada, o adolescente também cedeu o aparelho para polícia averiguar. “Isso mostra uma proatividade de comprovar que não teve envolvimento”, comenta.
A delegada também informou que a garota deve ser ouvida. “O menino cita ela como um álibi. Ele conta que só saiu de casa após o evento, depois da garota mandar mensagem para ele contando o que aconteceu, pedindo para ele encontrá-la”, revela Jucinês.
O caso agora segue sendo investigado, em sigilo, pela delegada, da Dpcami, e pelo delegado André Crisótomo, da DIC (Divisão de Investigação Criminal) de Tubarão.
Estado de saúde do bebê
Segundo familiares ouvidos pela reportagem, o menino, de dois anos, atingido por disparos de arma de fogo, seguia internado nesta terça-feira (16), em estado grave, na UTI Neonatal do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Tubarão.
Quem era a mãe morta no atentado
Graziela Antunes, de 31 anos, morreu após ser atingida na região da barriga e sofreu três paradas cardíacas. Ela acabou morrendo no hospital. Nas redes sociais, amigos lamentaram a morte de Graziela.
“Meu coração está arrasado, sangrando e despedaçado de tanta dor! Eu peço a Deus por justiça! Rogo por justiça!! Vá em paz minha amiga!”, escreveu uma colega de Graziela.
“Vai em paz, que os anjos do senhor te recebam de braços abertos, agora vamos orar para que esse anjinho consiga vencer, é desesperador ver como existe pessoas de sangue frio”, escreveu outra.
O velório da mulher ocorreu nessa segunda-feira (15) na Capela Santo Anjo da guarda e o sepultamento está programado para esta terça-feira (16) na Santa Terezinha (Rio do Pouso), ainda sem horário confirmado.