Agosto tem recorde de apreensão de vinhos na fronteira do Brasil com Argentina
O mês de agosto de 2022 registrou recorde de apreensões de garrafas de vinho na fronteira do Brasil com a Argentina. Foram recolhidas mais de 30 mil garrafas de vinhos que entraram clandestinamente no país.
Na manhã desta quarta-feira (14), equipes da Receita Federal e Administración Federal de Ingresos Públicos (Afip) deflagraram a Operação Dionísio 2, uma ação integrada para o combate ao comércio ilegal de vinho na região da fronteira com a Argentina, no Paraná e em Santa Catarina.
O volume de apreensões desta quarta ainda precisa ser contabilizado. Foram alvos no Paraná durante a manhã: Pato Branco, Francisco Beltrão, Santo Antônio do Sudoeste e Barracão. Em Santa Catarina, a atuação foi em Dionísio Cerqueira, São José do Cedro e Guarujá do Sul. Não houve prisões.
A ação conta com a participação de diversos outros órgãos de segurança, como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, e Polícias Militares Paraná e Santa Catarina e Polícia Civil de Santa Catarina.
Cresce número de apreensões no país
A primeira edição da Operação Dionísio foi em março de 2021, com a apreensão de cerca de 27 mil garrafas. A apreensão de vinhos na região de fronteira com a Argentina tem crescido ao longo dos últimos anos.
Em 2018, foram apreendidas cerca de 45 mil garrafas de vinho no país. Em 2021, este número saltou para cerca de 595 mil, um valor total de cerca de R$ 90 milhões.
Neste ano de 2022, ações direcionadas em depósitos, lojas, transportadoras e agências de correio, além de abordagens nas estradas do Paraná e Santa Catarina. Nos dois estados, foram apreendidas mais de 113 mil garrafas neste ano, algumas com valor de revenda no varejo próximos a R$ 2 mil, atingindo um valor estimado de R$ 9 milhões.
O combate à entrada de vinhos de maneira ilegal no país busca proteger a indústria nacional e combater a concorrência desleal, uma vez que comerciantes que realizam a importação legal das bebidas não conseguem manter a competitividade frente aos sonegadores e acabam fechando as portas, aumentando o desemprego.