Para Guedes, Brasil pode emergir como potência com guerra na Ucrânia
O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou que o Brasil pode emergir como grande potência mundial a partir do conflito entre Rússia e Ucrânia. Ele lembrou que o mesmo aconteceu com os Estados Unidos após as duas guerras mundiais e disse que o País oferece o que outras nações procuram, como segurança energética e alimentar.
“Brasil é a fronteira dos novos investimentos. Vamos receber avalanche de investimentos para segurança energética. Aqui no Nordeste, tem umas 10 Itaipus para fazer aqui nos próximos anos em energia eólica, além da exportação de hidrogênio verde, que seria a energia do futuro”, disse Guedes, em evento organizado nesta segunda-feira pelo Fórum Empresarial da Bahia, em Salvador. “Essa guerra lá fora vai durar mais tempo. Vai ter muita turbulência se eles resolverem seguir a guerra”, afirmou também, ao avaliar que o prolongamento da guerra pode fazer crescer internacionalmente a percepção sobre a importância do País para segurança energética e alimentar no mundo.
Relação com os poderes
Em meio aos ataques do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao processo eleitoral, Guedes disse acreditar na democracia, mas repetiu o discurso do chefe do Executivo de que é preciso respeitar as “quatro linhas da Constituição”.
“Tem que ter limites, o seu poder vai até onde começa o do outro. Quando alguém sai das quatro linhas (da Constituição), se um juiz sai das quatro linhas, descredencia o STF”, defendeu o ministro.
Voucher para Educação
Guedes ainda repetiu que prefere dar voucher para estudantes de baixa renda que quiserem ingressar no Ensino Superior, em vez de empréstimo como no Fies. “Ora, a pessoa frágil, está em periferia, nem conseguiu terminar o curso e está devendo dinheiro? Eu prefiro dar o voucher, voucher é muito melhor que empréstimo. Prefiro dar empréstimo para classe média”, afirmou.
O ministro disse ainda que o governo deu “chuva de dinheiro” para micro e pequeno empresário e defendeu diminuir tributação da indústria. Afirmou, no entanto, que o setor quer empurrar a conta da diminuição de impostos para o comércio.