Motorista usa retorno operacional em manobra proibida e esposa é ejetada após batida na BR-277

Um grave acidente no quilômetro (km) 55 da BR-277, em meio à Serra do Mar, no Litoral do Paraná, terminou com duas pessoas em estado grave neste domingo (6). Tudo aconteceu após o condutor de um Pálio usar um dos retornos operacionais existentes na rodovia durante uma conversão. O retorno operacional é exclusivo para veículos oficiais (bombeiros, polícia, concessionária) que trabalham na rodovia, o que torna a manobra proibida.

O condutor do Pálio, que não ficou ferido, disse que saiu de uma chácara na região do bairro Borda do Campo, em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba (RMC), e seguiu pela rodovia até encontrar um retorno, que lhe permitisse voltar a Curitiba. Ao fazer o retorno, o carro foi atingido por um Prisma, que seguia sentido a capital.

Ele destacou que sempre é muito cuidadoso no trânsito.

“O que vou te falar”, iniciou o motorista do Pálio. “Eu cuido muito disso, mas aconteceu. Só estava eu e minha esposa no carro. Eu fiquei tonto. É a primeira vez que acontece isso comigo”, falou o rapaz.

O tenente Lechinhoski, do Corpo de Bombeiros, explicou a situação das vítimas.

“A mulher foi ejetada. A outra vítima [condutor do Prisma] ficou com o painel do carro sobre a perna, local onde teve uma fratura. Precisamos acionar técnicos especializados do Corpo de Bombeiros para retirarmos a vítima do automóvel”, continuou o tenente.

Retornos operacionais

O tenente ainda falou sobre a manobra feita pelo condutor do Pálio. Além de ressaltar a ilegalidade, ele comentou o perigo da situação, que pode resultar em graves acidentes como este na BR-277.

“As pessoas não devem fazer o retorno, ainda mais em uma rodovia como essa. Por aqui, os veículos andam em alta velocidade. Então, esse retorno repentino não permite o tempo necessário para a execução da manobra e propicia acidentes graves”, falou o tenente.

No local, há uma mureta de proteção. O equipamento está justamente posicionado para evitar a aproximação dos demais condutores no trânsito.

“São condições adversas ao retorno, que não deve ser feito. A não ser por veículos de emergências ou estarem trabalhando com a pista”, finalizou Lechinhoski.

A mulher, que possui cerca de 70 anos, foi levada ao Hospital Cajuru. Por sua vez, o condutor do Prisma foi levado ao Hospital São José.

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