Menina que teve mãe morta no quarto ao lado já havia perdido mãe adotiva por feminicídio em SC

A notícia do feminicídio de uma mulher, de 41 anos, na manhã desta segunda-feira (7), em Itajaí no Litoral Norte de Santa Catarina, fica ainda mais triste com outros desdobramentos. A filha da vítima, de 13 anos, foi orientada por familiares do homem a chamar a polícia, após ele passar em casa e confessar o crime.

A menina estava trancada em um dos quartos da casa com a irmã de 5 anos, o padrasto havia dito a elas que iria levar a mãe até a casa da avó das meninas, no entanto, ele já teria matado a companheira estrangulada e deixado ela trancada no quarto.

O homem fugiu para o Paraná logo após o crime, mas antes passou na casa de familiares dele em Camboriú e confessou que havia matado a mulher. Os familiares então ligaram para as meninas e orientaram a de 13 anos a ligar para a polícia, o que ela fez.

Familiares do suspeito informaram ainda que ele tinha saído temporariamente da Penitenciária Industrial de Joinville e que deveria voltar na sexta-feira (4). Ele teria descoberto uma suposta traição da companheira, e não retornou à prisão.

O Conselho Tutelar foi acionado até a casa das meninas, que conversou por mais de 1h através da porta com elas, pois estavam trancadas sem saber que a mãe estava morta em um dos quartos ao lado. Agora as irmãs estão em um abrigo, pois não foram encontrados familiares próximos que poderiam ficar com elas, uma psicóloga deve contar que a mãe faleceu.

Segunda mãe morta por feminicídio

Um outro lado triste da história, é que a menina de 13 anos vivia com os pais adotivos em Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, mas a mãe foi morta pelo pai adotivo, que se matou em seguida. Por isso, a guarda voltou à mãe biológica que fatalmente foi morta pelo mesmo crime.

A menina de 13 contou que o padrasto “viu algo que não gostou” no celular da mãe e que dias antes, durante um passeio de carro, ele havia tentado estrangular a mulher.

A patroa da vítima também contou que durante a semana ela foi trabalhar com o olho roxo, mas justificou o machucado dizendo que havia caído da escada.

O crime

O companheiro da mulher encontrada morta em casa na manhã desta segunda-feira (7), é o principal suspeito do feminicídio. O homem, de 37 anos, é foragido do sistema penitenciário e teria fugido para Curitiba após o crime. Ele não foi encontrado.

O crime veio à tona nesta segunda-feira, quando a filha da vítima, de 13 anos, acionou a polícia porque a mãe estava desaparecida. A menina relatou aos policiais que, na noite anterior, a mãe e o padrasto brigaram e saíram de casa. Ele disse que levaria a mulher para a casa da mãe dela.

Na manhã desta segunda, no entanto, a menina ligou para a avó materna, que afirmou que a mulher não estava lá. Ela também não foi vista no trabalho. Com isso, a menina ligou para a polícia. Tanto a filha de 13 anos quanto uma de 5 estavam trancadas em um quarto.

A vítima foi encontrada nua e já morta em outro quarto trancado. Segundo a polícia, não havia sinais de luta corporal, sangue ou de arma de fogo. A suspeita é que ela tenha sido morta por asfixia. As crianças ficaram sob tutela do Conselho Tutelar.

Suspeito teria confessado o crime

Durante o deslocamento, a Polícia Militar recebeu informações de familiares do suspeito, que afirmaram que ele tinha saído temporariamente da Penitenciária Industrial de Joinville e que deveria voltar na sexta-feira (4). Ele teria descoberto uma suposta traição da companheira, e não retornou à prisão.

No domingo (6), os familiares teriam o convencido a voltar para a prisão, mas ele teria saído de casa e, ao retornar, já na segunda, teria confessado ter matado a companheira.

Na casa do casal foi encontrado um livro intitulado “Tretas do Sistema Carcerário” escrito pelo suspeito, ele respondei por homicídio.

Fuga

O suspeito teria fugido para Curitiba, de ônibus, com previsão de chegada às 14h na capital paranaense. Policiais tentaram abordá-lo na rodoviária de Curitiba, mas ele teria desembarcado antes do destino final.

Foi feito um boletim de ocorrência e a Polícia Civil deve investigar o caso. Como o suspeito já havia deixado de retornar na saída temporária, ele já era considerado foragido da Justiça.

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