Não há espaço fiscal para Auxílio Brasil acima de R$ 400, diz ministro-chefe da Casa Civil
O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), disse nesta terça-feira, durante a Live do Valor, que o governo “não leva a sério” a possibilidade de elevar ainda mais o benefício de R$ 400 previsto pelo Auxílio Brasil. Segundo ele, não há espaço fiscal para subir o tíquete do programa de transferência para o patamar dos R$ 600, como chegou a ser discutido nos últimos dias.
“Ninguém leva essa discussão a sério. Ninguém sério acha que a gente tem espaço fiscal para além dos R$ 400. Isso [benefício] foi um esforço tremendo do presidente da República. E esse esforço foi fundamental. Não tem a menor perspectiva de aumentar esse valor, que já é significativo. Nós mais do que dobramos o valor do [antigo] Bolsa Família. Não tem a menor perspectiva. Não trabalhamos com esse cenário”, disse.
Na prática, o Governo Federal está prevendo realizar os repasses do Auxílio Brasil para cerca de 17 milhões de pessoas a partir do próximo mês de janeiro.
De acordo com informações oficiais, o Auxílio Brasil está pagando neste momento um valor mínimo de R$ 400. Isso quer dizer, portanto, que todos os 14,5 milhões de usuários do programa estão tendo acesso pelo menos a esse dinheiro.
Para o próximo ano, isso não deve mudar. Como o Governo Federal conseguiu aprovar a PEC dos Precatórios no Congresso Nacional, consequentemente abriu-se o espaço para manter esse valor dessa forma durante o ano de 2022.