Operação Acesso Pago, da Policia Federal, prende ex-ministro da Educação do Governo Bolsonaro
Na manhã desta quarta-feira, 22 de junho, a Polícia Federal deflagrou a Operação Acesso Pago, que investiga o tráfico de influências e a corrupção na liberação de recursos públicos do FNDE, Órgão do Ministério da Educação; até então, o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro e o Pastor Gilmar Santos foram presos na Operação.
Além dos dois mandados de prisão supracitados, a Polícia Federal também cumpre outros mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Milton Ribeiro e dos Pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, ambos ligados ao atual Presidente Jair Bolsonaro, os dois são apontados como lobistas que atuavam no MEC neste esquema de desvio de verbas.
A Operação Acesso Pago teve como base os documentos, depoimentos e um relatório da Controladoria-Geral da União, a CGU, a partir destes documentos a PF conseguiu mapear indícios de crimes na liberação de verbas do fundo; segundo a Polícia Federal, ao todo, são cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão em Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal.
O escândalo de corrupção foi revelado após o Jornal Folha de São Paulo revelar um áudio em que o Ex-Ministro da Educação, Milton Ribeiro, afirma que priorizava os pedidos dos amigos do Pastor Arilton Moura e do Pastor Gilmar Santos; na mesma gravação, Milton alega que isso atendia a solicitação de Bolsonaro.
A PF investiga Ribeiro por suposto favorecimento aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura e a atuação informal deles na liberação de recursos do ministério, ainda há a suspeita de cobrança de propina; de acordo com documentos, os pastores realizavam essas negociações, ao menos, desde janeiro de 2021.
Ambos os pastores investigados na Operação tinham trânsito livre no Ministério da Educação, de acordo com documentos, os pastores organizavam viagens do Ministro com lideranças e intermediavam encontros de Prefeitos e Assessores Municipais na própria residência de Milton Ribeiro.
Milton Ribeiro deixou o cargo de Ministro do Ministério da Educação no final de março, uma semana após a revelação do esquema de corrupção no MEC; ambos os pastores supracitados negam qualquer tipo de irregularidade, bem como o ex-ministro e integrantes do FNDE.