Prêmio Nobel da Paz vai para ativista de Belarus e para entidades da Russia e Ucrânia

Na manhã desta sexta-feira, 07 de outubro, o defensor dos direitos humanos, Alex Bialiatski, de Belarus; a Organização Russa de Direitos Humanos Memorial e a Organização de Direitos Humanos Centro de Liberdade Civil foram premiados com o Prêmio Nobel da Paz de 2022.

Segundo o comitê de premiação da entidade: “os laureados do Prêmio Nobel da Paz representam a sociedade civil em seus países de origem. Por muitos anos, eles promoveram o direito de criticar o poder e proteger os direitos fundamentais dos cidadãos”.

De acordo com a Entidade, os laureados foram responsáveis por um esforço notável para documentar os crimes de guerra, abusos dos direitos humanos e abuso de poder; e ainda demonstram a importância da Sociedade Civil para a paz e a democracia.

Na decada de 80 foi um dos responsáveis por iniciar um movimento democrático em Belarus e dedicou sua vida para promover a democracia; em 1996, ele fundou a Organização Viasna, responsável por responder às emendas constitucionais que deram ao Presidente poderes ditatoriais.

Com a intenção de silenciar o ativista, após o mesmo se manifestar de maneira pública contra o Governo, Bialiatski foi detido em 2011 e permaneceu preso até 2014; o ativista recebeu a liberdade, porém, foi novamente detido em 2020, onde permanece até hoje, sem julgamento.

Já a Organização Russa de Direitos Humanos Memorial foi fundada por ativistas de direitos humanos da União Soviética no ano de 1987; eles desejavam que as vítimas do então regime não fossem esquecidas, segundo a Memorial, enfrentar crimes passados é essencial para prevenir futuros.

O ganhador do Prêmio Novel da Paz do ano de 1975, Andrei Sakharov, e, a defensora dos direitos humanos Svetlana Gannushkina, estavam entre os membros fundadores da Organização; após o fim da União Soviética a Organização se tornou a maior entidade de direitos humanos da Rússia.

Dentre as ações, a Organização foi responsável por criar um centro de documentação das vítimas de Josef Stalin e por compilar informações sobre violações de direitos humanos na Rússia; a Entidade ainda dirige seus esforços para combater o militarismo e promover um governo baseado no Estado de Direito.

E finalizando a premiação do Nobel da Paz do ano de 2022, a Organização Ucraniana de Direitos Humanos Centro de Liberdade Civil foi fundada, em Diev, no ano de 2007 com a intenção de promover os direitos humanos e a democracia no País.

De acordo com informações, a Entidade trabalhou para fortalecer a sociedade civil local e pressionou as autoridades para tornas a Ucrânia uma democracia de direitos plenos; a Organização defende ativamente que o País seja afiliado, o quanto antes, ao Tribunal Penal Internacional.

Conforme relatos, após a ocupação da Rússia em território ucraniano em fevereiro deste ano,  Organização Ucraniana de Direitos Humanos Centro de Liberdade Civil  se empenhou na identificação e documentação dos inúmeros crimes de guerra contra a população civil ucraniana.

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