Veja última conversa entre empresário e amigo antes de briga por ciúmes que terminou em morte
Em depoimento, o suspeito disse apenas que não intenção de matar o amigo
Tivemos acesso a última conversa por mensagens feita entre Henrique Bueno dos Santos e o empresário Cassiano Pissaia, de 47 anos. Horas depois, Cassiano foi morto após ser espancado por Henrique. A briga aconteceu em um posto de combustíveis em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), na madrugada de sexta-feira (21). Imagens mostram o momento da briga motivada por ciúmes da ex-namorada de Henrique.
Na conversa, o suspeito diz para o empresário que não faria nada, só queria conversar. Momentos antes, segundo uma testemunha, em depoimento, Henrique soube que o amigo estava saindo com sua ex. Os dois terminaram o relacionamento no início de janeiro.
Por mensagens de voz, Cassiano e Henrique começaram a conversar, para marcar um encontro e resolver a situação. Em todo momento, o suspeito falava que não iria brigar.
– Manda a localização aí, nego (sic). É rapidinho, eu não vou brigar, não vou fazer nada, a gente é adulto. começou Henrique.
– Estou indo ali na pracinha Pedro Moro. Peguei um galão de gasolina do meu carro, acabou e tal” disse Cassiano.
– Tá (sic) aí a localização. Informou Cassiano.
– (…) Já estou chegando. A localização que você mandou eu não achei. Onde vocês estão, acabei de passar na frente da casa da tua mãe. Comentou Henrique.
– Tô (sic) indo no posto colocar gasolina no galão, pare no lá. Falou Cassiano.
– Beleza, amigo. Eu chegarei aí. Só fique de boa, eu não vou fazer nada, fique susse (sic). Concluiu Henrique.
Depoimentos
Henrique Bueno dos Santos, em depoimento, apenas disse ao delegado Fábio Machado, da Delegacia de São José dos Pinhais, que não tinha intenção de matar Cassiano e preferiu ficar em silêncio.
Já a ex-namorada contou em depoimento que Henrique a encontrou junto do empresário em um bar. Depois, perguntou a ela se estava saindo com alguém. A jovem admitiu que estava com Cassiano.
“Eu era namorada do Henrique, até o início deste ano, dia 3 de janeiro. A gente terminou e comecei a sair com o Cassiano, mas o Henrique não sabia. Estávamos em um bar, quando Henrique chegou. Nisso eu fui embora. Ele (Henrique) me ligou perguntando se eu estava com alguém, para não fazer papel de bobo. Eu falei que estava com o Cassiano”, relatou em depoimento.
Defesa
A defesa de Henrique Santos disse que “Os áudios da conversa entre Henrique e Cassiano, fazem cair por terra qualquer premeditação ou vontade de matar, pois, Henrique é taxativo em dizer: “eu não quero nem brigar, quero apenas conversar com você”; Henrique chega até o posto de gasolina, sem faca, sem arma de fogo, apenas para conversar realmente, e tirar satisfações com Cassiano, que infelizmente além de xingá-lo de corno, tenta agredir Henrique, que diante de uma iminência de uma injusta agressão, após uma injusta provocação de Cassiano, Henrique é dominado por uma violenta emoção, apenas se defendeu e jamais almejou o resultado morte do amigo”, diz a nota do advogado dr Caio Percival.