Lula discursa no Parlamento Europeu e ataca Bolsonaro
Nesta segunda-feira (15/11) em Bruxelas, na Bélgica, o ex-presidente diz que Bolsonaro é “cópia mal feita de Trump” que “representa peça importante da extrema direita fascista mundial”. Lula ainda se reuniu com chefe da diplomacia da UE e não descartou Alckmin como vice.
Lula ainda afirmou que as forças progressistas e social-democratas do mundo precisam se unir para derrotar a extrema direita. “O mundo precisa de democracia, de paz e não de guerra, precisa de livros e não de armas.”
Líder nas pesquisas para as eleições de 2022, Lula participou no Parlamento Europeu de um evento organizado pela Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas (S&D), grupo que reúne eurodeputados social-democratas e que controla a segunda maior bancada da Casa.
O petista está na Europa desde a semana passada. O giro europeu, que começou em Berlim, tem como objetivo reatar as relações com políticos do continente e oferecer um contraste com o isolado Jair Bolsonaro, que em três anos de governo não construiu nenhum relacionamento significativo com as potências europeias e se destacou mais pelos ataques que fez a líderes estrangeiros.
Com uma agenda cheia, repleta de encontros com colegas social-democratas, Lula já travou reuniões amistosas com algumas figuras proeminentes do bloco europeu, como Olaf Scholz (o provável próximo chanceler federal da Alemanha) e Josep Borrell (chefe da diplomacia da UE). Os encontros de fato contrastaram com a recente viagem de Bolsonaro à Itália, na qual o atual presidente brasileiro se viu isolado e sem travar diálogos relevantes com figuras do bloco europeu.
Muitas das falas de Lula na Europa também contrastaram com declarações recentes de Bolsonaro. O ex-presidente descreveu aos europeus um quadro de penúria econômica e social no Brasil e também falou da importância da preservação do meio ambiente.
Bolsonaro, que no momento cumpre uma agenda em Dubai, por outro lado disse aos seus anfitriões árabes nesta segunda-feira que a “Amazônia não pega fogo” por ser “úmida”. Já seu ministro da Economia, Paulo Guedes, tentou pintar um quadro de crescimento da economia, que é desmentido por estatísticas do próprio governo.