Enfermeiros de Curitiba protestam contra suspensão do piso salarial determinada pelo STF
Na última sexta-feira, 16 de setembro, o Supremo Tribunal Federal, o STF, suspendeu a Lei que fixava o piso salarial da enfermagem; após a decisão, o Fórum Nacional da Enfermagem, o FNE, convocou uma paralisação, com isso, na manhã desta quarta-feira, 21 de setembro, profissionais da enfermagem de vários hospitais público e particulares aderiram à paralisação nacional e organizaram protestos.
Na capital paranaense, a mobilização dos enfermeiros e enfermeiras acontece desde as 6h, a previsão é que a manifestação ocorra por 24h; conforme relatos, os atos seguem em frente aos hospitais e uma concentração de todos é prevista a partir das 16h na Boca Maldita.
A entidade que representa a classe garante que o atendimento acontece normalmente nos Hospitais, apesar da mobilização de grande parte dos profissionais e que o ato acontece dentro da legalidade; os(as) profissionais paralisaram as atividades no Hospital Nossa Senhora das Graças, Cajuru, Trabalhador, Evangélico, Cruz Vermelha e o Hospital Marcelino Champagnat.
Através de uma nota oficial, o Conselho Regional de Enfermagem do Paraná, o Coren, afirmou: “Pela lei, o Coren não pode instituir paralisação ou manifestação. Apenas os sindicatos, por isso não temos lugar de fala nesse caso. Mas frisamos o apoio a esta manifestação de hoje. O piso salarial da enfermagem é lei e precisa ser cumprido”.
O projeto de lei aprovado pelo Congresso que estabelece o piso salarial de R$ 4.750 para os enfermeiros foi sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro em agosto; o valor reflete nos rendimentos de técnicos de enfermagem, que devem receber 70% do montante, e auxiliares de enfermagem e parteiras, 50%.