Ex-prefeito de Piên é inocentado pela morte de José Drevek
Gilberto Dranka, ex-prefeito de Piên, município ao sul do Paraná, foi absolvido da acusação de homicídio contra o prefeito eleito em 2016 na cidade, José Loir Drevek, e do técnico de segurança Genésio Almeida. O ex-presidente da Câmara de Vereadores, Leonides Maahs, também foi absolvido. Ele e Dranka foram acusados de serem os mandantes do duplo assassinato. O júri popular encerrou às 2h deste domingo (26).
Já Orvandir Pedrini e Amilton Padilha foram condenados pelos crimes. Orvandir pegou 36 anos de prisão e é acusado de negociar a compra da moto usada nos homicídios. Ele estava respondendo em liberdade. Mas, ao fim do júri, o juiz de Rio Negro, Rodrigo Murilos, determinou a prisão do réu.
Amilton pegou 48 anos de prisão. Ele é acusado de ser a pessoa que matou Drevek a tiros. Amilton estava foragido e foi localizado e preso no primeiro dia de júri, na terça-feira (21), no Rio Grande do Sul.
Este foi o júri mais longo de cidade de Piên e já é o mais longo do Paraná este ano. Realizado no fórum da cidade de Rio Negro, durou cinco dias, ouviu mais de 25 testemunhas, duas vítimas e quatro réus.
Relembre o crime em Piên
Genésio Almeida, que era técnico em segurança, foi executado a tiros dentro do carro no dia 6 de dezembro de 2016. O homem transitava pela PR-420, com destino a São Bento do Sul, em Santa Catarina, quando foi baleado na cabeça nas proximidades do trevo de Trigolândia. Segundo a polícia, Genésio foi morto por engano, ao ser confundido com o prefeito Loir.
Dias depois, no dia 14 de dezembro de 2016, na mesma rodovia, o prefeito recém-eleito de Piên ia para Santa Catarina com as duas filhas e um motorista, quando um suspeito de moto emparelhou com o veículo ocupado pela vítima e fez os disparos. Loir foi atingido na cabeça, chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital, em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, três dias depois.
Em 31 de janeiro, o ex-prefeito Gilberto Dranka foi preso em uma operação do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Dranka ainda tentou se esconder no forro da casa durante a abordagem, mas foi localizado e preso. As investigações apontaram o envolvimento de Leonides Maahs, ex-presidente da Câmara Municipal de Piên, do mecânico Orvandir Pedrini, e de Amilton Padilha no crime.