Ocupação de UTIs chega a 86% no Paraná
Nesta terça-feira (31), o número ultrapassou o limite ideal de 85% adotado pela Agência de Saúde Suplementar, ligada ao Ministério da Saúde.
A taxa de ocupação de UTI’s no Paraná está em 86%. Os leitos gerais atendem desde vítimas de acidentes a pessoas que passaram por cirurgias agendadas. Um aumento nos quadros de pneumonia típico de outono e inverno tem contribuído para a alta na demanda, além de haver um déficit de leitos de terapia intensiva na região.
Em algumas cidades, já faltam leitos. Em Guarapuava, na região central do estado, na noite desta terça só havia um leito disponível. A cidade tem 23 leitos de UTI geral em dois hospitais. O maior deles, o São Vicente de Paulo, atende uma região com mais de meio milhão de pessoas.
Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, Joel de Oliveira, de 85 anos, com pneumonia e problemas nos rins, morreu em uma UPA após seis dias aguardando uma vaga de UTI.
Em Cascavel, na região oeste do Paraná, o Hospital Universitário, um dos principais do estado não há nem leitos de UTI e nem de enfermaria disponíveis.
No caso da enfermaria, a lotação já dura quase um mês. De lá pra cá, a direção do Hospital Universitário admite que a situação não mudou. O pronto socorro deveria atender no máximo 23 pacientes e está com 61.
Procurada, a Secretaria de Saúde do Paraná disse que a ocupação de leitos é muito dinâmica e que, neste momento, a demanda está sendo atendida nas unidades da rede hospitalar do estado. A pasta afirmou também que, historicamente, a ocupação de leitos de UTI sempre se manteve alta.