Secretaria da Saúde confirma segundo caso de varíola dos macacos em Curitiba
A Secretaria de Estado da Saúde (SESA) confirmou, nesta quarta-feira (6), o segundo caso de Monkeypox, popularmente conhecida como varíola dos macacos, no Paraná. Segundo a pasta, trata-se de um homem, de 27 anos, que reside em Curitiba e viajou recentemente para a Europa.
No último domingo (3), o primeiro caso havia sido confirmado em um curitibano, de 31 anos, que viajou para São Paulo. A SESA reforça que as confirmações são consideradas importadas – quando não há transmissão local.
Há, ainda, outros oito casos em investigação nos municípios de Curitiba (4), Cascavel (1), Londrina (1), Campina Grande do Sul (1) e Pinhais (1). Os pacientes possuem histórico de viagem ou contato com caso confirmado.
As amostras de todos os pacientes foram coletadas e encaminhadas para o Laboratório Central do Estado (Lacen/PR), responsável pela articulação com o Ministério da Saúde para envio ao laboratório de referência para casos desta doença, em São Paulo.
Varíola dos macacos
A varíola dos macacos é uma doença viral e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. A infecção causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo.
Os principais sintomas envolvem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfadenopatia, calafrios e fadiga.
A doença já foi confirmada em outros estados, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo.
Secretário pede tranquilidade
O secretário de estado da Saúde, César Neves, disse que não se pode traçar paralelo entre a Covi-19 e a varíola dos macacos. Ele afirmou que a taxa de mortalidade é muito mais baixa e que o momento não aponta para qualquer risco de pandemia.
“O nosso povo está machucado, doído, estigmatizado por causa da Covid-19. Eu como médico, posso dizer com absoluta clareza, que são realidades completamente distintas. A Monkeypox não tem a mesma mortalidade da Covid-19. Esse paciente tem sintomas muito característicos, que geralmente começam na face e se espalham para o resto do corpo. No interior se chama bixiga d’água, que são vesícula na pele, febre elevada, a famosa íngua, para aí pensarmos na suspensão do caso. Não é qualquer manchinha na pele que iremos causar alarde”, disse.