Secretaria de Segurança do DF afirma que identificará envolvidos nos ataques em Brasília
Ao menos oito veículos, incluindo cinco ônibus, foram incendiados durante a confusão que teve início na noite da última segunda-feira, 12 de dezembro, depois que um grupo de radicais pró-bolsonaro tentou invadir a sede da Polícia Federal em Brasília, em um suposto protesto contra a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, decretada do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
A pedido da Procuradoria-Geral da República, a PGR, Moraes determinou a detenção de Acácio por suspeita de crime de ameaça, perseguição e ataques ao Estado democrático de direito; ex-candidato à prefeitura de Campinápolis, no Estado do Mato Grosso.
José Acácio Serere Xavante se apresenta como uma das lideranças da Terra Indígena Parabubure; ele ficou conhecido nos grupos de extrema-direita em redes sociais, em vídeos questionando o processo eleitoral e a vitória do Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva do Partido dos Trabalhadores.
Na manhã desta terça-feira, 13 de dezembro, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal publicou uma nota afirmando que a Polícia Civil do Distríto Federal segue trabalhando na identificação dos radicais envolvidos nas manifestações; em nota, a Secretaria afirmou:
“Esses atos, praticados por grupos isolados, estão sendo apurados pela Polícia Civil do Distrito Federal, e os participantes, uma vez identificados, serão responsabilizados. A PF, por sua vez, deverá apurar os crimes relacionados aos atos que atentem contra a instituição e crimes de natureza federal”.
De acordo com informações, após a tentativa de invasão à Sede da Polícia Federal m Brasília, os “manifestantes”, apoiadores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, do Partido Liberal, o PL, promoveram atos de vandalismo na Região Central de Brasília, incendiando ônibus e carros particulares.
Apesar do forte aparato mobilizado para conter os atos de vandalismo, ninguém foi preso em flagrante, pois, segundo a Secretaria de Segurança Pública, a ação da Polícia Militar se concentrou na dispersão das pessoas a fim de “reduzir danos e evitar uma escalada ainda maior dos ânimos”.
Ainda de acordo com a Secretaria, o policiamento segue reforçado na área central de Brasília, sobretudo nas imediações do hotel em que o presidente da República eleito Luiz Inácio Lula da Silva está hospedado. A região também é controlada por meio de câmeras de videomonitoramento.